ÀS PESSOAS CONSIDERADAS DE MENOS VALOR

Cada vez mais me encantam as pessoas,

que sofrendo horrores,

à sua dignidade e personalidade,

não se tornam amarguradas, antes

um suave rio, que pulula, até à sua foz.

Privadas dos seus mais elementares

direitos, que lhes assiste,

como a qualquer cidadão de bem-querer,

sempre uma palavra de simpatia e

um sorriso, lhes alinda a face, sofrida.

São pessoas humildes e altruístas, que

não têm mal nenhum consigo,

e sendo prestativas estão sempre prontas

a ajudar o próximo, na sua maior riqueza,

que é o ensinamento, que a vida lhes deu.

E a cobiça não lhes cabe, nem vivem de

rancores e futilidades,

que degenera os valorais morais de cada um,

transformando à vez as gentes, mas não estas,

que vos escrevo, que têm mãos de terra.

Normalmente são pessoas leigas, mas não

estupidificadas,

que vivem lutando para ser alguém e

trabalham ou estudam, para suprimir suas

falhas, a nível de concepções.

Vide concepções, como ideias e ideais,

de compreensão e imaginação e à faculdade

de conceber coisas, estas são pessoas

férteis nesses desígnios e aplicam-nos,

não ouvidas porém pela sua baixa casta.

São de nível social inferior, e trazem consigo

esse tremendo estigma,

que as entristece mas que não as faz virar

o rosto à luta diária, para serem escutadas,

nos seus ensejos, que é ajudar o vizinho.

Jorge Humberto

24/03/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/03/2011
Código do texto: T2868060
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.