CHUVA DE PENSAR
Eu aqui sozinho estou pensando
Eu estou fazendo mil e uma perguntas
Enquanto as águas da chuva estão caindo
Águas da chuva...
Eu aqui sozinho e reflexivo
Estou tentando vislumbrar respostas
Enquanto as águas da chuva estão caindo
Águas da chuva...
Sei que mesmo que não se façam perguntas
A vida vai continuar
A vida seguirá
Sei que mesmo que não se produzam respostas
A vida vai continuar
A vida seguirá
Sei que se eu não pegar o “cambão” da história
O cambão sem mim vai partir
O "buzão" vai continuar
Daí não ser difícil concluir
Que seguir em frente é preciso
Perguntar sempre é preciso
Navegar... É preciso viver e sonhar
Eu olho e vejo as águas da chuva
Eu aqui olho e não vejo o meu futuro
Enquanto as águas da chuva não páram de correr
Águas da chuva...
Eu vejo e observo que elas fazem um curso
Que elas correm e vão chegar a um destino
Que elas vão naturalmente desaguar no mar
E eu menino sem destino e sem um mar...
Que fazer para correr como a chuva rumo ao mar?
E não cair nos precipícios do Canal do Lagamar?
Que fazer para construir outro destino
Que não seja matar e morrer?