MAIS UMA ESQUINA DE RUA
No palco turvado das madrugadas enganosas, o cenário é avesso à cor da esperança.
Naquela esquina de rua, passos de provocação abafam o medo.
As bonecas trajam vestes enaltecendo os seus contornos,
há movimentos ensaiados que adivinham a acção relâmpago.
Os pássaros surgem agrestes num cântico de devaneio,
pousando impacientes seus venenos poluidores.
Há vestígios que o líquido mais puro não branqueia nem apaga.
Quando as manhãs surgem sombrias nos corpos exaustos,
lacrimosos rios fluem pelo deserto.
A sede de amar é maior que a vergonha.
Só este desejo,
vai suavizando o seu divórcio da felicidade.
"In geoGRAFIA do Silêncio - 2010"
(Luis da Mota Filipe)
No palco turvado das madrugadas enganosas, o cenário é avesso à cor da esperança.
Naquela esquina de rua, passos de provocação abafam o medo.
As bonecas trajam vestes enaltecendo os seus contornos,
há movimentos ensaiados que adivinham a acção relâmpago.
Os pássaros surgem agrestes num cântico de devaneio,
pousando impacientes seus venenos poluidores.
Há vestígios que o líquido mais puro não branqueia nem apaga.
Quando as manhãs surgem sombrias nos corpos exaustos,
lacrimosos rios fluem pelo deserto.
A sede de amar é maior que a vergonha.
Só este desejo,
vai suavizando o seu divórcio da felicidade.
"In geoGRAFIA do Silêncio - 2010"
(Luis da Mota Filipe)