Crucificados
De minha janela a ti contemplo,
Vai à luta com o que tens.
Estás bem aí: gritando em silêncio;
Dormindo sentado no meio-fio.
Meu olhar de ti não desvio
E, sem nada falar, questionas:
É a Pobreza que tu ambicionas?
Parado, encolhido no frio,
Na tua frente me angustio.
O que queres que eu te faça?
O que posso fazer?
Mudo respondes:
Duas coisas podes:
Amar e não me esquecer.
...Pregados na cruz da vida estamos.