FANTASMAS COITADOS

Gemidos são luvas despidas,

o vulto devora as entranhas frias,

porque não há quem chore

por almas desnudas à volta...

Da rebelião dos sentidos

a rede cortada com perfumes gentis,

sol e lua, aparições compridas das velas

nessas barcas de se correr mar em chuva...

Os olhos se erguem a cada paço,

figurando sombras de passos calmos,

as marés retrocessas levando trancadas

os corpos dos dias vencidos em guerras...

MIRANIL MORAES TAVARES
Enviado por MIRANIL MORAES TAVARES em 27/09/2010
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T2522988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.