PÁTRIO-PODER
Há.
E por haver, não havemos
de fechar os olhos,
de calar a voz.
As feras poderosas têm sede
- mais que nunca -
e pisoteiam a quem está caído,
em busca de água
para saciá-la.
E saceiam.
Mas recusam-se a olhar para trás
para não verem os tantos
que estão morrendo.
E sorriem. Que importa o resto?
Estão matando a sede.
(Que importa as outras mortes:
- a da esperança, da fé, das emoções?)
Podem.
E por poderem, agem.
E por agirem, negam.
E por negarem, iludem
(ou pensam que o fazem)
com palavras inúteis, frases falsas.
Atos falsos.
No palco, representam os deuses.
Nos camarins, retiram as máscaras
e voltam a ser as mesmas feras,
que têm sede... e matam!
Há.
E por haver, não havemos
de fechar os olhos,
de calar a voz.
Há.
E por haver, não havemos
de fechar os olhos,
de calar a voz.
As feras poderosas têm sede
- mais que nunca -
e pisoteiam a quem está caído,
em busca de água
para saciá-la.
E saceiam.
Mas recusam-se a olhar para trás
para não verem os tantos
que estão morrendo.
E sorriem. Que importa o resto?
Estão matando a sede.
(Que importa as outras mortes:
- a da esperança, da fé, das emoções?)
Podem.
E por poderem, agem.
E por agirem, negam.
E por negarem, iludem
(ou pensam que o fazem)
com palavras inúteis, frases falsas.
Atos falsos.
No palco, representam os deuses.
Nos camarins, retiram as máscaras
e voltam a ser as mesmas feras,
que têm sede... e matam!
Há.
E por haver, não havemos
de fechar os olhos,
de calar a voz.