" COTIDIANO..."

" COTIDIANO..."

I

Eis uma nova aurora que do relicário surge

Reavivando a fragilidade das quimeras, a transitoriedade dos sonhos

Saciar o apetite dos famintos, curar os enfermos é o que urge

Transmitindo o fulgor das boas palavras aos tristonhos!

II

Os brasileiros coroando de louros seus sonhos mais etéreos

Alimentarem-se com arroz e feijão quando possível uma carninha,refeições frugais

Morar numa casinha simples que abrigue o corpo e viabilize os devaneios aéreos

Que os incessantes martírios não se convertam em atos bestiais!

III

Marias, Josés, Pedrinhos todos escravos de cruéis e mórbidos destinos

Pensamentos ao léu,olhares distantes, perdidos ,alados!

Mãos que deveriam acariciar aplacando desatinos!

Mais mortos do que vivos,teimosa só a esperança dos da política flagelados!

IV

Mas, ó irmão brasileiro de alma e semblantes, melancólicos,cansados , sofridos!

Não queira secar o grotão do porvir com revolta,desamor com crimes e penas

Sempre é tempo de arrancar a bondade, a complacência, sorrisos comovidos

Se acaso não conseguir concretizar os desejos seus, nem por isso esmoreça e trilhe já o caminho de outras falenas!

Nota da Recantista: Poema composto em setembro de 1993...

Ivone Maria Rocha Garcia
Enviado por Ivone Maria Rocha Garcia em 10/08/2010
Reeditado em 06/01/2017
Código do texto: T2430194
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