Rostos amargos
Procuram sorrisos
Carinho e atenção
Em meio à multidão
 
Almas vazias de afeto
Olhares tristonhos seguem...
Sedentos e famintos
Carecem de um ombro amigo
 
Onde encontra compaixão
No meio de tanta confusão
Será que alguém se enobrece
De estender apenas a mão?
 
Pobres criaturas vivem a vagar
Pernoitam a céu aberto
Suas camas de jornais
Diante de olhares, são fatos normais.
 
Onde e como encontrar um coração
Que possa assistir estas crianças
Diante de tamanha descrença
E assim, fazer a diferença?
 
Que possamos todos nós
Sem temor abrir o coração
Saber enxergar, procurando visão
E assim desdobrar a mão.