À MARGINALIDADE
Meus olhos testemunham a marginalidade
e a mendigue dos homens sem rosto
que se passeiam de cá para lá nas ruas da
cidade, onde todo um novo calvário é proposto.
Jovens desfigurados e magros, enveredam
pelo mundo da droga, sem ter muito porque
haver, senão o velho caminho sem retorno
onde o sol não entra e a violência toma lugar.
Uma figura de cartão vai pela rua dizendo
coisas sem nexo, amarrando o passado
à corda da cintura, olhos lacrimejantes
sem uma expressão sequer em sua face.
E na loucura mole da infância crianças fazem
chacota do louco que se põe a praguejar
para contentamento dos jovens, também
eles perdidos (sem o saberem) para esta vida.
Jorge Humberto
23/03/10