Ao Suplicio Da Cor - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

Ao visceral cheiro de carne escrava parida da cor

Que pende em pátria distante ao comando da dor

Brada veementemente intercalado suplicio a “lacônizar”

Na língua a mudez ao grito a surdez a se pronunciar

Aos foscos e catatônicos olhos à verticalidade a agonizar

O “banzo” ao ser por se personalizar

Na indiferença ao cansaço por se perdurar

Interrogativos flagelos a murmurar

Mão ao vento por toar atroz a disciplinar

Rebentando em chaga d’alma carne em sangue a brotar

À fúria grotesca humana a postergar

Atende assim a morte a alguns por se condoer

Rufam os tambores a suscitar!

Soam os grilhões a trotar!

Trilham os chicotes a tripudiar!

No limiar do desfavorecer, raça, cultura, crença, esperança a tonificar

Às senzalas, nos cativeiros, aos quilombos a propagar

Erguem-se princípios, valores a resistir por alforriar

Num ato de justiça a se considerar

Convalescendo o propósito

Luta a luta, as diferenças a abolir

Ao malfazejo do poder a se ruir

Horrenda presunção do pigmento da epiderme por subtração

À raça humana em degradação.

Na suplantação ao negro despotismo da bipartição étnica a se figurar,

Áurea se fez por indistinta,

Todavia dissimulada, a esta sociabilidade entre os diferentes "iguais” por se maquiar.

Emanoel Ferreira da Silva – MANOLLO FERREIRA

Pedagogo – Professor – Escritor...

Juazeiro - Ba

E-mail:manolloferreira@bol.com.br

Manollo Ferreira
Enviado por Manollo Ferreira em 20/11/2009
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T1934210