Ao Suplicio Da Cor - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA!
Ao visceral cheiro de carne escrava parida da cor
Que pende em pátria distante ao comando da dor
Brada veementemente intercalado suplicio a “lacônizar”
Na língua a mudez ao grito a surdez a se pronunciar
Aos foscos e catatônicos olhos à verticalidade a agonizar
O “banzo” ao ser por se personalizar
Na indiferença ao cansaço por se perdurar
Interrogativos flagelos a murmurar
Mão ao vento por toar atroz a disciplinar
Rebentando em chaga d’alma carne em sangue a brotar
À fúria grotesca humana a postergar
Atende assim a morte a alguns por se condoer
Rufam os tambores a suscitar!
Soam os grilhões a trotar!
Trilham os chicotes a tripudiar!
No limiar do desfavorecer, raça, cultura, crença, esperança a tonificar
Às senzalas, nos cativeiros, aos quilombos a propagar
Erguem-se princípios, valores a resistir por alforriar
Num ato de justiça a se considerar
Convalescendo o propósito
Luta a luta, as diferenças a abolir
Ao malfazejo do poder a se ruir
Horrenda presunção do pigmento da epiderme por subtração
À raça humana em degradação.
Na suplantação ao negro despotismo da bipartição étnica a se figurar,
Áurea se fez por indistinta,
Todavia dissimulada, a esta sociabilidade entre os diferentes "iguais” por se maquiar.
Emanoel Ferreira da Silva – MANOLLO FERREIRA
Pedagogo – Professor – Escritor...
Juazeiro - Ba
E-mail:manolloferreira@bol.com.br