AOS MENINOS TRISTES

Menino triste, de calção roto

E de chinelo no pé,

Já vais p’rá guerra,

E nem sabes tu o que é.

Põem-te uma arma na mão,

Sonegam-te os livros

E da criança sua condição,

Mas o que tu não sabes,

É que também para eles,

Que como tu foram oferecidos,

Pelo fundamentalismo tribal,

É normal,

Serem esses tristes meninos,

Sempre sozinhos, de arma

Na mão e sua condição,

Sem prendinhas

Em chegando o Natal.

Jorge Humberto

Portugal

(16/09/2003)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 29/06/2006
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