AOS MENINOS TRISTES
Menino triste, de calção roto
E de chinelo no pé,
Já vais p’rá guerra,
E nem sabes tu o que é.
Põem-te uma arma na mão,
Sonegam-te os livros
E da criança sua condição,
Mas o que tu não sabes,
É que também para eles,
Que como tu foram oferecidos,
Pelo fundamentalismo tribal,
É normal,
Serem esses tristes meninos,
Sempre sozinhos, de arma
Na mão e sua condição,
Sem prendinhas
Em chegando o Natal.
Jorge Humberto
Portugal
(16/09/2003)