CANALHA
Falar! Ou não falar?
Calar! Ou não calar?
Não consentir? Ou consentir!
Mentir o de outro mentir.
É perdoar o danoso.
É consentir o criminoso.
È aquecer o ferro que, na carne ardia.
Em humana cobardia!
Nua criança... Assim não avança.
No vilipêndio de vil liderança.
Ignominiosa impostura
Do líder sem compostura.
A nação, outrora grandiosa!
É hoje, entre si odiosa.
Neste estagnar amargo
Vive cáustico letargo.
Ó famélicos miseráveis.
Idiotas execráveis.
Neste mundo de aguerridos.
Quereis ser reis floridos?
Em mentecapta alacridade aos cravos.
Indigentes escravos.
Acéfalos negadores de juramentos
Não passam de meros jumentos.
Carregadores de palha
Ao alimento da canalha.
Eduardo Dinis Henriques