A ESCRIVANINHA
Na solidão das horas breves e calmas,
a escrivaninha acolhe, pacientemente,
o jorrar dos meus ideais!
A aquiescência de sua quietude
inspira-me o aspergir
dos pensamentos latentes
de amor e poesia,
transbordantes do langor
presentes no meu pensar.
Aninham-se os pensamentos
neste recanto de luz:
morada dos meus escritos
e sussurros traduzidos
em doce poetizar!
Não imagino o viver
sem a cálida mudez
da escrivaninha presente
no marejar dos olhos meus,
descortinando os reflexos
do mais íntimo do meu ser.