Homem do campo
Do livro Eu e meu destino - 1996
A Luiz Vieira
Ó homem do campo, tão rude, tão santo,
que traz na cabeça chapéu feito em couro...
Seus olhos são mágoas, cansaço e amor!...
Um dente lhe falta, sem falta fazer.
Camisa de mescla,jaqueta de couro,
chicote nas mãos; a calça é de brim,
brim cáqui, ruim.
No bolso, o pedaço de fumo de corda
e a palha de milho; facão na cintura,
esporas nos pés e o corpo encurvado
de tanto montar - e, que hoje, cansado,-
¬já monta no espaço, levando nos braços,
no corpo, no rosto, as marcas de espinhos,
de talhos e chifradas.
E a vida mesquinha ensinou-lhe somente,
em que época a semente melhor brotará...
quando a chuva vem...quando vai parar...
a doença do gado...a época do cio
e quando o vazio do rio vai findar!...
Ó homem tão rude, do campo e tão santo,
quem dera te ver, sentado num banco
de uma escola qualquer...
Do livro Eu e meu destino - 1996
A Luiz Vieira
Ó homem do campo, tão rude, tão santo,
que traz na cabeça chapéu feito em couro...
Seus olhos são mágoas, cansaço e amor!...
Um dente lhe falta, sem falta fazer.
Camisa de mescla,jaqueta de couro,
chicote nas mãos; a calça é de brim,
brim cáqui, ruim.
No bolso, o pedaço de fumo de corda
e a palha de milho; facão na cintura,
esporas nos pés e o corpo encurvado
de tanto montar - e, que hoje, cansado,-
¬já monta no espaço, levando nos braços,
no corpo, no rosto, as marcas de espinhos,
de talhos e chifradas.
E a vida mesquinha ensinou-lhe somente,
em que época a semente melhor brotará...
quando a chuva vem...quando vai parar...
a doença do gado...a época do cio
e quando o vazio do rio vai findar!...
Ó homem tão rude, do campo e tão santo,
quem dera te ver, sentado num banco
de uma escola qualquer...