MEU DESPREZO

Quando tu, amor, me desprezas,

Espero que a mim reconheça.

Quantas noites, quantas rezas?

Faço tudo até virar-te a cabeça.

E se me vês com maus olhos,

Ponho-te a repugnar me eu.

Não sei se sonho, se choro,

Se finjo que você adormeceu.

Ainda que durmas, seu valor

É-me tratado com desdém.

Por que não me olhas, amor,

E diz-me que sou idolatria?

Constantes sonhos a me ter,

Eternos domínios que me alia.

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 11/07/2009
Código do texto: T1694122
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