Era um boi, uma boiada

Era um boi, uma boiada

Que seguia cabisbaixa

Rumando pra o matadouro

Quis provocar um estouro

Que vaqueiro nenhum

juntasse. Mas cada boi

Tinha o seu próprio rumo

Tinha já seus próprios planos

E assim acovardado foi

Seguindo a boiada

Rumando pro matadouro

Passado uns dias o couro

De um comprei pra tapete

Cada boi que se respeite

Que se junte aos que não

Se deixam matar. De antemão

Lhes garanto que melhor

Será o pranto dos que morrem

Querendo se levantar.