BULLYING: O SHOW TEM QUE ACABAR
Eu não sei que diversão é essa,
Às custas do sofrimento alheio.
Como se algum sofrimento
Em algum momento fosse divertido.
Não entendo qual o sentido
De achar a desgraça engraçada,
De rir da dor que não se sente.
Brincadeira de delinquentes!
Qual será o futuro de um tímido?
O que vai ser quando crescer, se crescer?
Um deprimido, um revoltado, um suicida
O que se espera da vida
De quem coleciona feridas
E acumula desgostos?
Exposto ao escárnio humilhante,
Ao espetáculo do constrangimento
No meio da arena,
No centro do picadeiro
Afligido pelo mundo inteiro.
E quase não tem alegrias.
Como padecem os diferentes
Mesmo sem nada terem feito.
Qualquer pequeno defeito
É prato cheio para zombarias
Dos que se acham muito perfeitos.
Que estranha necessidade,
Ofender os que julgam mais fracos
Para afirmar sua suposta superioridade.
Público desrespeitoso!
Até quando o infortúnio do outro
Te será prazeroso?