CONTRÁRIO AO PATRIMÓNIO URBANÍSTICO

Ante as imensas discrepâncias urbanísticas,

aquando da construção de casas,

fugindo de toda a realidade,

do que são as casas portuguesas e sua arquitectura,

pois puseram-se os nossos queridos imigrantes,

regressando a seu país,

a construir casas, ao estilo alemão, suíço e francês,

com telhados próprios, para a neve,

que nesses países, de acolhimento, eram normais,

pela constância, dos nevões diários,

o que aqui, em Portugal, à excepção, das Terras altas,

não acontece, e, é de todo, um grande disparate.

Pois que, para além de desvirtuar, toda a arquitectura

portuguesa, com muitas, dessas casas, com telhados

típicos, trazidos de outros países, onde o nevar é

constante, o contraste é ainda mais gritante, quando

vemos as casas, serem erguidas,

em Terras, de vastas planícies,

onde nunca neva nem nevará, pois que, quem reina,

imenso no céu, é o intenso e fulgurante sol.

Que não restem dúvidas, de que muito reconheço,

aos nossos imigrantes,

todo o seu sacrifício, deixando, quantas das vezes,

para trás, filhos e esposas, para irem para um país,

a eles desconhecido, e, sua forma de viver, trabalhando

horas sem parar, para conseguirem trazer, para junto

de si, os seus ente queridos, e, aí, no país, que os

acolheu, fazerem suas vidas, impossíveis de realizar,

no seu amado Portugal.

Mas, volto a perguntar, qual o sentido daquelas casas,

totalmente fora do contexto, de seu país? Vaidade?

Jorge Humberto

09/05/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 10/05/2009
Código do texto: T1586201
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