ESCRAVATURA DE CRIANÇAS

Despotismo e nova escravatura,

quer sexual quer para tráfico de

droga, roubaram as últimas flores,

de um jardim, que se queria

grandioso, donde sairiam as novas

crianças, futuro sublime de um povo.

Mas gente sem escrúpulos, em esquinas

aguardando, do movimento, o mais

frágil e descuidado, não tem pejo em

roubar os inocentes, levando-os para

fora de seu país (mordaça na boca e

olhos vendados), para um fim terrível.

Chegados, ao algoz, que os espera,

insaciável, dão-lhes uma malga de arroz,

dentro do casebre putrificado, que será

o lar destes inocentes, e, logo, são

jogados à terra, trabalhando-a, noite e dia,

com o choro a invadir-lhes o rosto.

Os outros são largados, petrificados, nas

ruas, que não conhecem, e, apenas a

saudade os assalta, em cada barulho

envolvente. Mas sabem que têm de

cumprir e vender os estupefacientes, se

querem um lar à noite e algo que comer.

Enquanto isso os monstros enriquecem,

sabendo-se longe de tudo e da salvação,

que não virá nunca, em socorro destas

crianças, bem escondidas, de seu país natal,

sem qualquer correspondência ou

possibilidade de fuga, rodeadas de carrascos.

Vez outra dão fala destes casos nas televisões,

mas não passa de notícias para estrangeiro

ver, porque os jardins continuam despojados,

da inocência, de nossas crianças, que lá se

encontram raptadas e exploradas, em Terras

de ninguém, onde jamais a ordem imperará .

Jorge Humberto

25/10/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/10/2008
Código do texto: T1249172
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