A NOITE

Quando a noite me vem

Ja não a espero tão madura.

As sombras das luzes

Projetam o convite do silêncio

Quando um gesto meu se faz segredo

Pelo esquecimento

A abrir caminhos.

Senão a convicção,

Ainda que a unânime noite

Confunda minhas orações.

Mas à noite, se é noite,

Há que haver o que se desfaz

Em penumbra e fluido.

Mesmo o mistério que a si condena

Não menos mistério: A noite.

(julho de 2006)

G Monteiro
Enviado por G Monteiro em 17/08/2008
Código do texto: T1132351