O LIMITE
Um redemoinho
De olhares alheios sob amanhã.
Tudo aceso
Essas águas correntes não devolvem cobertores
E mais um sorriso foi vencido
Pelos próprios farrapos.
Vidas cinzas ousam impor-se contra toda gravidade
Mas é tarde
Seus poetas morreram.
A noite é clara, fascinante, fria.
Um instante para uma vida inteira
Um asfalto cúmplice de universos e suas dimensões
Um louco coberto de razão
Nos escombros de seu hospício...
Em vão batem à porta, brincam de estátuas de sal.
O sinal fechou
O atalho qual doutrinas separadas
E se prostituíram
Porque além da hipocrisia, o suicídio
E nas formalidades, os amores clandestinos.
Lágrimas à parte pelos verdadeiros alicerces
Num “Afaste de mim este cálice!”
Todas as luzes e cores remetem aos cegos
O amor aos heróis fracassados
Mas o medo desbloqueia o sol
Num dia como outro qualquer.