O LIMITE

Um redemoinho

De olhares alheios sob amanhã.

Tudo aceso

Essas águas correntes não devolvem cobertores

E mais um sorriso foi vencido

Pelos próprios farrapos.

Vidas cinzas ousam impor-se contra toda gravidade

Mas é tarde

Seus poetas morreram.

A noite é clara, fascinante, fria.

Um instante para uma vida inteira

Um asfalto cúmplice de universos e suas dimensões

Um louco coberto de razão

Nos escombros de seu hospício...

Em vão batem à porta, brincam de estátuas de sal.

O sinal fechou

O atalho qual doutrinas separadas

E se prostituíram

Porque além da hipocrisia, o suicídio

E nas formalidades, os amores clandestinos.

Lágrimas à parte pelos verdadeiros alicerces

Num “Afaste de mim este cálice!”

Todas as luzes e cores remetem aos cegos

O amor aos heróis fracassados

Mas o medo desbloqueia o sol

Num dia como outro qualquer.

G Monteiro
Enviado por G Monteiro em 16/08/2008
Código do texto: T1130936