Desapropriação

Notei com certo asco que

O que desejam de nós

Muitas das vezes pessoas

Que "nos amam" é de

Impossível realização

De nossa parte, sem

Que haja mortal ferimento

Em nossa ordem Psi.

De certa forma, depois

De me debater com essa

Realidade durante a noite

E de ter morrido

Uma parte de mim,

Ou um eu, hoje estou

A caminho de nova

Configuração.

Sinto que algo me

Incomoda, um sentimento

De revolta que tento

Anular, talvez por isso

Doa minha cabeça,

O que não ocorria há tempo...

Vamos dizer que a cada

Novo passo sobre esse

Tapete asfáltico re- remendado,

Dessa cidade sul querida

Se abre um abismo e assim,

Dia-a-dia vai morrendo

O que em mim

Ainda acredita

No velho conto das

Fadas Terríveis...

Imperatriz, 01/2008

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 23/02/2025
Código do texto: T8271052
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