Faminta
Silêncio,
ontem parecias imóvel e mudo.
Nenhum pio.
Nenhum respiro.
Outras vezes, sussurravas em paz
com tanta finesse.
Hoje, gritas sem parar.
Qual é a tua dor, doce silêncio?
Sim, agora entendo...
nunca esbravejas.
É a realidade, faminta,
a pedir a palavra.