Faminta

Silêncio,

ontem parecias imóvel e mudo.

Nenhum pio.

Nenhum respiro.

Outras vezes, sussurravas em paz

com tanta finesse.

Hoje, gritas sem parar.

Qual é a tua dor, doce silêncio?

Sim, agora entendo...

nunca esbravejas.

É a realidade, faminta,

a pedir a palavra.

Lu Mendes
Enviado por Lu Mendes em 23/07/2024
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