NÃO POSSO DIZER ADEUS
Gosto de ser intrínseco n'alma em carne viva
Porque sou eu a vida dividida em momentos
Onde a dor e o amor se emanam
Do meu eu que é sonhador
E ufanista como eu sou
Perco-me e encontro-me nas ilusões perdidas
Pondo sempre um interrogação
Um ponto talvez de exclamação
Ou um pausa com vírgula ou ponto e circula.
Não sou eu escravo de mim
Nem gosto que pensem por mim
Pois, eu mesmo sei da minha loucura
Dos devaneios ancorados lúcidos e inlúcidos em mim.
Sou personagens vivas do meu camarim
Sou o sonho feliz e tristonho
Sou a alegria e a incerteza
Desse que poetiza por amor
Com fervor de ser uma alma feminina
Que ultrapassa fronteiras
Em busca de ser o aprendiz
O palhaço errante dessa fantástica festa feita de sombras
Me amo, relaxo, sou novamente o amor
Sou disparada, ponteio, rock'roll
Sou o bêbado, o homem, a bicha
Sou eu quem picha o nome, sobrenome com amor
Como é bom minha paranóia
Minha saliva lambendo um corpo de homem com lírios na lapela
Onde o profano sou eu mesmo.
Sou uma vida julgada
Condenada pelos doutos ignóbeis
Inconvenientes seres que saíram de cena
Porque eu não os quero mais vê-los
Nas minhas asas douradas.
Para que ser tão adulto?
O parque de diversão são para mim
Uma lembrança constante em delírio e realidade.
Eu me vejo na notícia
Sou um jardim cheio de orquídeas
Sou a mão que balança o berço.