Apagão da Epifania
Os pés que se arrastavam pela pressa
Se avexam, hoje, pela vagarosidade.
No fundo , não sabendo o que quer.
Se a loucura dum horário pululante
Ou calmaria de um trabalho penitente,
Fincado entre a prensa do patrão e do orgulho
E o brilho de um profundo inutilismo
Do qual a fé lhe desafia a gloriar-se.
Biografar o que começa e não termina.
De um prazo, se possível,prorrogado.
Assim, de si, põe-se logo a descansar,
Cansaço aculmulado, abrir dos olhos, troco errado.
Ah, se tudo se apagasse!
O céu mais forte brilharia,
Mas tão logo a luz voltara, novamente breu escuro.
E o sonho do regresso é um trabalho esticado.
E tudo parece parecia.