A dama

É que nessas alturas não preciso pedir perdão

Já existo há tempos

E insisto em ser

Quem sou

É construção cotidiana

E orgulho

De transpostos

Obstáculos e apontamentos

Galgar até a liberdade dos sentidos

E não importa olhares furtivos

Capciosos sussurros

Dos tantos que procuram

Caminhos e escadas

Escalada particular

Do aconchego

Em si incompreendido

E o que importa,

A jornada

O perfume pela janela

À noite, a dama

Momentos

Lembranças

E tu

Que não me acolhes

Mas preenche a esperança

Renovada

Em talvez

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 19/04/2020
Código do texto: T6922492
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