A graça da “coisa fina”
viva o torto,
a decisão arriscada
vivas ao não-linear, criativo
salve, salve o tom desafinado
quem dera curtir o canto livre
a rima desrritmada
de dentro,
o grito mal-educado
de fora
o riso arrancado
de sarro
viva, viva a palavra cantada
vivas ao não-linear,
inventivo
salve, salve a prosa saudada
quem dera viver a cena leve
a graça da “coisa fina”
sentida
o susto estorvado
capenga
o dom da emoção
exagerada
Viva o risco de ter
a alegria não-blindada
olhar de amigos,
vida parafraseada
gesto genuíno, intuição,
mão apertada
essa gente que ri e sabe
o que é estar dia a dia,
junto e misturado,
mesmo com tanto susto
estorvado capenga
é a graça da “coisa fina”
que ajuda o momento ser
saboreado.
cwb
2009
Ao amigo Jorge Américo.