FOLHAS DE SOMBRA
I
Eu não necessito da compaixão das pessoas
Que sempre foram meus algozes ocultos
Da minha inocência infante
Por eu não desejar enxergar
Um verdade em sombras
Que esses meus inimigo em nome de D'us
Rezavam, reza!
Oravam, oram!
E apregoavam inverdades sobre mim
Para banquetearem-se na mesa da amargurar
Com seus escarnecedores vividos
Na luxúria sem um fim...
II
Essas pessoas são folhas secas
Flores que murcham na injustiça
E que ao olharem o horizonte perdido
Perdem-se nas mentiras dessa medíocre vida
E comunicam falacias na messa
Dos lorpas e pascácios da idiossincrasia.
III
Esses escarnecedores embriagados com fel
Por serem o retrato do passado
Refletindo nas lembranças futuras
Pela mentira da aparência do presente
Vivem na ilusão pensando na solidão
Numa delusão que perpassa sem perceberem.
IV
Ó céus que tolos!
Viverem conflituando-se
Na mortalha que os vestem
Pelo capricho d'alma abandonada
Sombra de uma estranha mesa
Como roleta-russa, céus!
V
Não esquecerei o que me fizeram
Fazem e continuam...
Até o lamento finas
Por eles serem um vale de lágrimas
Na decresça da mentira
Da delusão desaparecida
Neles uma sombra de adeus.
VI
Eu sigo meu caminho...
Porque a vida é muito bela
E ela pertence e espera por mim
De braços abertos para acolher-me
Até o dia do meu repouso infindo.