De gole em gole, de bar em bar

Saiu de sua casa na sexta feira

Todo arrumado e cheirando perfume

No primeiro bar começou a bebedeira

Os “amigos” juntaram feito peixe em cardume.

De gole em gole, trago em trago

Começou cedo o terrível estrago

Esqueceu o rumo da sua morada

Dormiu numa praça na noite gelada.

Acordou no dia seguinte com dor de cabeça

Ali lembrou se que tinha residência fixa

Mas como era mais um final de semana

Saiu de novo atrás do puro extrato de cana.

De novo dentro de um pequeno bar

Já com a roupa suja e cheirando pinga

O cidadão em pé não conseguia parar

Muito mesmo fazer qualquer ginga.

Mais “amigo” se juntava para beber

Era pura e desenfreada curtição

Mais o dinheiro veio a desaparecer

O rapaz começou a encarar a solidão.

Resolveu voltar para a sua morada

Naquele final de domingo minha gente

A sua boca estava para lá de temperada

Com terrível cheiro de aguardente.

Sem tomar banho caiu no sofá

Ainda com as roupas encardidas

Ninguém conseguiu acordar

Aquele adorador da malvada bebida.

Na segunda feira, nova semana

Não conseguiu ir trabalhar

Muita dor de cabeça tirana

Foi sua amiga a lhe incomodar.