Batalha
BATALHA
Vejo-me no desequilíbrio
Entre as interrogações
Resultado do livre-arbítrio
Das minhas divagações
Procuro me encontrar
Em alguma resposta
Que me traga verdade
Pois quero me alimentar
Do que está na mesa posta
Nesta ceia da realidade
Quero projetar-me no escuro
Para algo além do natural
E buscar do outro lado do muro
Uma luz, um ponto final
Enquanto não vem o remédio
Vou ficando com o placebo
Pois desta vida o refrigério
É ser feliz com o que recebo
E no meio da grande agonia
De desvendar o lado oculto
O meu coração eu ausculto
Sonhando vou uma epifania
No vão da batalha que luto
Com versos da minha poesia
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
(Direitos reservados. Lei 9.610/98)
06 de dezembro de 2018