Des(conceito)

Quero navegar.

Embalar meu sonho

Sucumbir meu medo

Silenciar minha dor.

Não tem megafone

Nem meu telefone

Pra dizer da fome

Que a mim consome.

Esse mar profundo

Que chamo de mundo

Que perdeu o rumo

E segue sem prumo

Eu não me acostumo.

Tanta iniquidade

Tipos de maldade

Desumanidade.

Quero me lavar

E me desaguar

Dentro do meu peito

Pois só desse jeito

Eu me desconceito.

Daniela Bento
Enviado por Daniela Bento em 28/12/2016
Reeditado em 28/12/2016
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