A MORENA E SEUS SEGREDOS
Lânguida era aquela bela morena
Parecia deslizar por onde passava
O sabor de seus beijos era como pimenta caiena
A todos se entregava como que apaixonada
Não importava cor, credo ou raça
Difícil entender porque sempre calada
Ninguém sabia do seu dia
De sua noite muito menos
As mulheres a chamavam de vadia
Os homens a quem servia
Não tinham do que reclamar
Nunca disse com quem saia
Tinha uma casa pequena à beira mar
Humilde na forma e linda de se admirar
Muitas flores na janela e plantas a verdejar
As janelas eram de madeira
Amarelinhas para com portas brancas combinar
E um tapete bege na soleira
Para a vila dos pescadores
Ela era uma sereia para os encantar
Não sabiam dos noturnos amores
Da morena da beira do mar...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2016.
Lânguida era aquela bela morena
Parecia deslizar por onde passava
O sabor de seus beijos era como pimenta caiena
A todos se entregava como que apaixonada
Não importava cor, credo ou raça
Difícil entender porque sempre calada
Ninguém sabia do seu dia
De sua noite muito menos
As mulheres a chamavam de vadia
Os homens a quem servia
Não tinham do que reclamar
Nunca disse com quem saia
Tinha uma casa pequena à beira mar
Humilde na forma e linda de se admirar
Muitas flores na janela e plantas a verdejar
As janelas eram de madeira
Amarelinhas para com portas brancas combinar
E um tapete bege na soleira
Para a vila dos pescadores
Ela era uma sereia para os encantar
Não sabiam dos noturnos amores
Da morena da beira do mar...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2016.