DOIDIVANA
No seu mundo diversivo
De prazeres sensuais,
As paixões são sempre ardentes
Em quiméricos madrigais.
As volúpias de carícias,
Em toques extasiantes,
Culminam a sobejante entrega
No seus dias sempre iguais.
As entregas amantíssimas
E os beijos mais calorosos
Despojam os preconceitos
No ápice do ardor maior.
Nos seus dias de crisálida,
Fantasias e ilusões,
O seu mundo se resume
À meia luz do divã.
O futuro já não importa,
Os amantes multiplicam-se.
A entorpecida boemia
Dita as regras do amanhã.
Amores? São passageiros
E breves são seus momentos.
Na passarela afrodisíaca,
Não desfilam sentimentos
Um dia, a pobre donzela
Dá sinais de decadência:
As rugas mais ostensivas
Afastam os amores calientes.
Nada plantou pra colher...
A beleza desvaneceu-se!
E por fim as lágrimas sentidas
Caem soltas no tapiz.