Canalize
Queima a pele
Que se agride
No auto flagelo
De se limitar ao correto.
Freio desatino
Prensa o peito no intento anelo
Querendo alimentar o torpor
Dessa fome de fogo.
Não sabe o corpo
O frisson que o espera
As linhas paralelas se curvam
Tudo é bem e mal.
Canalize
Todo querer é insubstituível
Todo pulsar sabe a força
Toda fome sabe a fruta...
Canalhice...
Mentir pra si mesmo, espreitar as vontades
Nivelar o que não se pode é mediocridade
Toda ação é proporção do querer
Carnalize
Suposto ardor dos sentidos
Hora rígido intento, hora leveza
Que abraça a loucura de se entregar sem medo.