Canalize

Queima a pele

Que se agride

No auto flagelo

De se limitar ao correto.

Freio desatino

Prensa o peito no intento anelo

Querendo alimentar o torpor

Dessa fome de fogo.

Não sabe o corpo

O frisson que o espera

As linhas paralelas se curvam

Tudo é bem e mal.

Canalize

Todo querer é insubstituível

Todo pulsar sabe a força

Toda fome sabe a fruta...

Canalhice...

Mentir pra si mesmo, espreitar as vontades

Nivelar o que não se pode é mediocridade

Toda ação é proporção do querer

Carnalize

Suposto ardor dos sentidos

Hora rígido intento, hora leveza

Que abraça a loucura de se entregar sem medo.

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 30/03/2024
Código do texto: T8031228
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.