BORBOLETEANDO
BORBOLETEANDO ...
Sou frágil borboleta
Em constante transformação
Sou volátil, sou intensa
Vivendo na contramão
As vezes sinto-me reclusa
Em meu casulo, sem asas.
As vezes perco as forças
Permanecendo-me larva
A poesia, porém, me liberta
Permitindo-me ir e vir
Virando-me pelo avesso
Metamorfoseando vida em mim
E neste sentido contrário
Largo mão do advento
Encontro rimas e versos
Me colocando em movimento
Saio de onde me paralisa
Num belo ato de servir
A mudança se faz necessária
É preciso decidir e agir
Agora fora de meu casulo
Ouço enfim, meu chamado
Na simplicidade dos versos
Hoje, borboleteados.