ESTRADA
No vácuo tênue da minha vida
Há vagalumes na escuridão
E eu vejo uma estrada solitária
Com canteiros, jardins e lados paralelos
Pintados de amarelo e belos
Bordados de Dourado meu retrato
Imenso na solitude búdica.
Busco o céu azul
No horizonte perdido
E, num alento lento
Surge no vento um abraço
Que me abraça com fervor
Então, eu vou para além do mar
Num cantar celeste
Onde a poesia é-me seresta
No eu que me faz renascer
Para eu me tornar vencedor
No meio das áspedes
Que mesmo rastejando suave
Afogam-se no meu amor.