Des(a)tino
Ao destino,
cabe alguns acasos
por certos causos, que desmedidos,
desaguam em águas que não se misturam.
Ao curso da vida,
enriquecida de ciclos infindos,
recobra-se o existir,
onde a gênesis desabrochou.
Ao tempo,
cabe o domínio, e todo o seu precipício
a nos reprimir em fluída espera,
outrora fecunda... quem saberá?
Esperança,
é cama precisa, pra alma repousar
mediante as intempéries da vida.
É alimento sempre bem vindo!
Renovo, recriação,
se tornam poder nas mãos
de quem se permite constante reparação.
Diamantes pra se guardar!
Os desatinos, oportunamente ricos
têm seu espaço ocupado,
por vezes, prensados pelas mãos frias
do tormento de querer e não "poder".
Sim, cabe mais ao tempo do que ao "poder", desvalidar algum "querer"
Pra que a vida prossiga,
e a razão siga erguida em satisfazer.
O peso de celebrar a emoção, tem seu preço.
Muitas vezes a escolha é tão dura,
que engessa a alma, inclinada à uma sociedade falida de sentimentos nobres.
A cada um de nós, cabe viver.