... liberdade...

 

 

 

 

Sou aquele ser que nasceu do barro,

que comeu a maça,

que sentiu as primeiras dores do parto,

que sofreu, gemeu, chorou, gerou...

 

 

Sou a terra seca, a vala sem água,

que morreu de fome e de sede,

que matou e morreu,

sofreu, chorou, gemeu...

 

 

Sou a que gerou filhos,

que formou famílias,

que fez nascer povos,

de várias raças e línguas...

 

 

Sou a que foi prisioneira, escrava,

que carregou nas costas os pesos

das muambas levadas pelos caminhos

a construir acampamentos, moradas...

 

 

Sou o choro que caiu dos olhos sofridos,

das dores causadas pelos abusos, prisões,

violências, flagelos, crueldades sofridas,

que aprisionaram minha alma em porões...

 

 

Sou o grito de socorro,

o grito que pede por justiça,

o grito de dor dos sofridos,

ameaçados pelos tiranos...

 

 

Sou daquelas almas que não desistem,

que lutam, silenciam, morrem e ressuscitam,

sempre e continuamente persistem,

mesmo que a dor dilacere coração e mente...

 

 

Sou um grito de esperança!

Um grito rouco e sofrido por: - Justiça!

Um grito de socorro agudo: - Deus, me ajude!

Pois tem fé, esperança e acredita na... liberdade...

 

 

 

o amor em figura de linguagem

Sem amor não é possível liberdade...

 

 

QUEM PLANTA AMOR,

COLHE VIDA!