De versos da construção - Vida - Parte 3

Leve adiante, mulher...

... A moradia dos seres é e irá de encontro aos nossos corações, toda e cada vez que permeia

esta semente chamada peito. Grande seio acolhedor das futuras gerações, o que é grande,

a mãe e tua alma, fruto dos teus anseios, carregam velozes e zeladas, um grito de luz expandindo

este universo semeado de tons: amarelo, verde, azul e quando mais um meio tom para encantar

esse nosso futuro promissor. Dizem que o mundo não tem salvação, no entanto como Deus, deus,

teria feito algo para ter um fim? Ou como Deus, deus teria feito algo pela metade?

Se renascer em novas gerações, cria-se uma nova vida, e, em vida nova há morte simbólica para tanto

um quanto nessa visão cristã que vejo e pontuo.

É preciso homens e mulheres plantando e colhendo, é necessário gerar, criar, amamentar,

amar a vida e ao próximo. Se parceiros, quantos parceiros forem, mais fé consigo e ao lado de teu peito

em chamas para o amanhã de Domingo, de descanso. Em união, para tanto, declamar-se-ia:

... Quando tudo acontece ao mesmo tempo, com tanta intensidade, oh raios mil, Deus, deus que me pariu,

não deixes eu então quebrar em três, só em dois, pois uma metade já tem dono e nome.

Deus quaisquer são as luzes e as nossas sombras, sopram os ares do doce e esbelto cheiro ímpar e singular.

Leve adiante, mulher! Teu seio amamenta a humanidade e a todas as gerações, leve em frente todas

as nossas visões, e de ti, porque há muito coração e despeito desejando teu pranto em desafeto,

essa frustração de quem conhece o caminho dos sóis e nas sombras não anda por ti; - uma noite de estrelas,

um lar de ou sem família, um bicho ferido, um homem faminto e insano, faz de ti a mais pura razão

em acreditar em seus afeitos, de afeição e feições, transmutações, da chuva e de pratas brandas e

em montes da natureza...

Quando do alto e de baixo cá, vê-se que a Terra brilha, rebrilharás enquanto o meio mundano se parte

em mil corações roubados, cristais fragilizados de nós e frente a espelhos, tão quão azedos como amargos,

sem açúcares e virilidade, a boca sem mel, piedade de nós, frágeis, com a força do hábito,

tende sua dança no corpo e peito e forte, não sofrer ou esmorecer, cordeiro de deus, nos tirai

os pecados do mundo.

Só, inquieto, move-se todo o mundo apenas não só, sendo sentimental, não quer calar a boca, fechar os olhos

e sorrir ao próximo. Cursaremos do amor para evitar a dor. Unir-nos, por uma vida, gerações e salvação.

Almejarmos construção e paz, virtude e missão, a obra, por nós, a igualdade e liberdade.

Não sabemos ao certo o rumo da estrada, da toada, da palhada, da palhoça, de nossos furos e futuros,

mas buscamos luz debaixo da fonte, olho de deusa, tigresa maior, de ti mulher, pajeia da tribo, da sabedoria

mundana, brasileira e não só, da tribo altar, nossa pátria do espaço e no vácuo, visceral, ao teu encontro

com a magia e a poesia, libertadoras, leve sim adiante, mulher! Pois de fés tende a nós, um povo calcado

na fé, levemos todos, juntos, adiante, para frente e para frente, por um mundo de nossos brasis e pela Paz.

Guy Werneck

10-03-2006 - São Paulo -SP

Guy Werneck
Enviado por Guy Werneck em 05/07/2022
Reeditado em 05/07/2022
Código do texto: T7553275
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