EU SOU UM OUTRO DE MIM
O tempo das borboletas é a pulsão do instante.
Delicadeza comovendo os sentidos.
Átomo, estalo que vem na mente.
Entusiasmo alquímico de imagens que invadem.
Pássaro perdido no céu infinito de sua própria alma.
Ativo motivo do motor de sua própria essência.
Surgindo no velado incessante da linguagem.
Você merece aquilo que carece.
Teve que se aprender pelo olhar dos outros.
Tem um saber cego, que sabe, mais não se vê.
Tem sua própria orbita a sua imagem e semelhança.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá