Disparates

Nesse jogo político

entre um e outro

há um movimento cíclico

onde não há preso, nem solto

Não há uma calmaria

nem no imperialismo

nem na democracia

tudo é mar revolto...

Comunismo ou monarquia?

Socialismo ou parlamento?

Capitalismo ou anarquia?

Tudo é um movimento

sobrecarregado, humano...

Tudo é engano

quando o certo seria

a própria vida ter seu plano

O tempo

nos ensina:

são mais sábios

os animais

Não há lei na campina

não há alfarrábios

da paz

Nenhum tratado

nada assinado

mas tudo se apraz

Mesmo entre o predador

e a presa

Em meio ao caos

há a verdadeira natureza

Entre os homens,

a dúvida

é que se fez certeza

Realezas se impõem

Ditaduras se levantam

Se tocam tons

de grandeza

e diminuem o que adianta

Soluções são descartadas

cartas jogadas fora

Não há dentro,

não há fora

não há tudo

não há nada

No lugar da floresta

nem lembrança resta

somente estrada

Caminhos de lugar nenhum

trilhas para todo lugar

De um a um

o que vai o que fica

estão nas rédeas da política

e todos ainda

são obrigados

a votar...

01-05-2022

17h47min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 01/05/2022
Reeditado em 01/05/2022
Código do texto: T7507196
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