SABER VIVER
Vai morrendo aos poucos quem não voeja
Por horizontes de paz e simplicidade.
Quem não observa o movimento das ruas,
Quem não se dispõe a leituras diversificadas,
Quem não sente prazer ao ouvir uma música,
Quem não encontra graça em si
E não desfruta das coisas que a vida nos oferta.
E assim morre lentamente.
O amor próprio desvanece
E se torna escravo das próprias atitudes
Sob luas sombrias....
Postergando o amor que traz brilho aos olhos
Na existência incerta de seguir seus sonhos.
Sigamos, portanto, a caminho das tardes
Silenciosas e calmas entre as flores dos cântaros
Deixando para traz a tristeza
Dos caminhos íngremes.
Tudo, então, irá florescer num eldorado
De órbitas em horizontes divinos
De sol e fragrâncias e de ninhos dourados
Com imensa ternura e alegria,
Onde os corações esperam acontecer
Os remansos dos milagres primaveris
Quando o vento beija opalas com prazer.