SABER VIVER

Vai morrendo aos poucos quem não voeja

Por horizontes de paz e simplicidade.

Quem não observa o movimento das ruas,

Quem não se dispõe a leituras diversificadas,

Quem não sente prazer ao ouvir uma música,

Quem não encontra graça em si

E não desfruta das coisas que a vida nos oferta.

E assim morre lentamente.

O amor próprio desvanece

E se torna escravo das próprias atitudes

Sob luas sombrias....

Postergando o amor que traz brilho aos olhos

Na existência incerta de seguir seus sonhos.

Sigamos, portanto, a caminho das tardes

Silenciosas e calmas entre as flores dos cântaros

Deixando para traz a tristeza

Dos caminhos íngremes.

Tudo, então, irá florescer num eldorado

De órbitas em horizontes divinos

De sol e fragrâncias e de ninhos dourados

Com imensa ternura e alegria,

Onde os corações esperam acontecer

Os remansos dos milagres primaveris

Quando o vento beija opalas com prazer.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/03/2022
Código do texto: T7475296
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