VIDAS
Viver o óbvio
Viver sem culpa e sem medo
De modo concreto
Sem forma e sem jeito
De modo suspeito
Viver sem saber
Um dia de cada vez.
A vida contínua continua
Nua
Perdida
Vadia
Infinita
Noturna
Vazia
Falsa
Fácil (?) Das prostitutas
Até que a morte venha torta
Batendo à porta
Trazendo a falta de palavras
Aos que nada sabem sobre o silêncio.
O nada existiu, fez-se verbo
Todavia foi-se em prantos.
Nada foi pois nunca será
Deixou de existir o princípio.
O poeta deixou de existir...
A vida é veneno.
O veneno da vida é você.
TACITO