VIDAS

Viver o óbvio

Viver sem culpa e sem medo

De modo concreto

Sem forma e sem jeito

De modo suspeito

Viver sem saber

Um dia de cada vez.

A vida contínua continua

Nua

Perdida

Vadia

Infinita

Noturna

Vazia

Falsa

Fácil (?) Das prostitutas

Até que a morte venha torta

Batendo à porta

Trazendo a falta de palavras

Aos que nada sabem sobre o silêncio.

O nada existiu, fez-se verbo

Todavia foi-se em prantos.

Nada foi pois nunca será

Deixou de existir o princípio.

O poeta deixou de existir...

A vida é veneno.

O veneno da vida é você.

TACITO

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 11/02/2022
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