Nostalgia

Ao escrever esta poesia me dou por feito

em um processo contínuo de aperfeiçoamento.

Não há nada que não sinto e sinto tudo

que é o mesmo _nada_;

Ando por esses aferros, sórdidos e lúgubres

lugares, me sinto só e só me sinto _derramamento_;

Sem amor que é dado, sem dado que não

seja amor; aonde me levará esta angústia, para onde?

Apreensivo estou nesta aptidão de não ser,

Cadê tu _''Magna, vis ritatis, quae...

Facile se per se ipsa defendit''_

Que não vejo? Oh não te vejo!

Ardiloso ser arqueado na escrita,

Seria tu improdutivo, infrutífero,

ou infrutuoso?

Árduo trabalho de poeta, desembrutecedor

do ser arisco;

Arremendamento do que arrefece

e do que encandece;

A continuidade entre o dito e o silêncio...

Asseamento da alma.

O aturdimento de alma que me lança

no tormento faz-me ficar austero.

E nestes versos me torno um contigo.

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 20/12/2021
Reeditado em 20/12/2021
Código do texto: T7411427
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