A CHANCE NA VIDA

A CHANCE NA VIDA

Um dia olhei o horizonte,
E vi muitas folhas chegar,
No vento que turva a fonte,
Na nuvem que vai devagar.

Mas o que a chuva valora,
Na seca reclama o sertão,
Pois numa a água aflora,
E noutra me dói seu ferrão.

E cada abelha que vejo,
Me cobra um novo patrão,
Que salve a mata e o brejo,
E tenha o pólen da versão.

No mundo que ora criamos,
Não vejo mais um coração,
Que sirva ao ser humano,
E venha com nova missão.

Contudo há chance no voto,
E no veto ao político ladrão,
Propondo quem seja devoto,
Ao povo que clama por pão.

Pois tudo na vida é breve,
Mas nela não devo sofrer,
Senão pelo medo que fere,
O sonho que nos faz viver.

Eu cobro a todos por isso,
Por minha versão ser assim,
Fiel com todo compromisso,
Até que chegue meu fim!