Juventude

No vale da juventude, o arroubo eufórico

se camufla no sonho de um brilho mágico

que na selva intensa, da finitude se esquece

de uma fase em cores que a vida embranquece

Porém a pulsão se perde no sereno refúgio

que o silêncio da introspecção exala em uníssono

cantando a escura verdade que a luz cega

e a atribulada deriva, na calma se entrega

Detentores da esperança, pesa a nobre expectativa

que o mundo deposita, corrompendo a voz altiva

do genuíno ser que o futuro espera com paciência

traduzido em eternidade que supera a adolescência

A fagulha sanguínea persiste acesa no olhar

disposta a mover o mundo sem angústia a raiar

o amanhã é a fronteira entre o sublime e o possível

que indefinida, desbrava as veredas do incognoscível

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 07/10/2021
Código do texto: T7358498
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