Juventude
No vale da juventude, o arroubo eufórico
se camufla no sonho de um brilho mágico
que na selva intensa, da finitude se esquece
de uma fase em cores que a vida embranquece
Porém a pulsão se perde no sereno refúgio
que o silêncio da introspecção exala em uníssono
cantando a escura verdade que a luz cega
e a atribulada deriva, na calma se entrega
Detentores da esperança, pesa a nobre expectativa
que o mundo deposita, corrompendo a voz altiva
do genuíno ser que o futuro espera com paciência
traduzido em eternidade que supera a adolescência
A fagulha sanguínea persiste acesa no olhar
disposta a mover o mundo sem angústia a raiar
o amanhã é a fronteira entre o sublime e o possível
que indefinida, desbrava as veredas do incognoscível