Mudanças 

 

As mãos estão envelhecidas e magras

E tenta num adeus espantar a forte dor 

Quanto mais plinsada a pele mais tenor

E a infância nessa hora rasga a ilusão.

 

A inocência faz dormir a aurora

Os olhos cansados perde-se no agora

A dor não espanta a saudade de outrora 

Não trás a juventude nem louca aventura.

 

Tudo parece como um pano de fundo 

Tudo parece dimensionamento profundo

Todo tempo houve capítulos escritos

Qual desfecho dá ao fim desses sentidos?

Dorme então nessa manhã a resistência e os vícios.