Com tua devida vênia.
Quando os dias tornam-se iguais,
Vê-se os mesmos navios pelos cais,
Quando incomodam os risinhos dos casais...
Quando lágrimas toldam os teus olhos tristes,
A tirar-te a beleza de tudo que existe,
E um soluçar emotivo e ruidoso persiste...
E a noite se alonga fria e vazia,
O sol fervilha a queimar-te a alegria,
O céu que escurece, a tempestade anuncia...
Quando a bela canção os teus ouvidos irrita,
Quando as tuas palavras se tornam malditas,
Quando a dor da ausência sobre ti precipita…
Se até os teus amigos se tornam empecilho,
Qual cisco medonho que te rompe os cílios,
Qual o tempo que age a tirar-te o brilho…
Quando as horas emperram e tornam-se infindas,
E as rosas viçosas já não são tão mais lindas,
Se com a amarga bebida, com a vida não brindas...
Está na hora do soro, ou dos anjos, em coro,
Aceitarem por fim tua entrega,
Ou é hora de teres alta,
Correres atrás do que falta:
O que a tua apatia,
Com a devida vênia, te nega.
Quando os dias tornam-se iguais,
Vê-se os mesmos navios pelos cais,
Quando incomodam os risinhos dos casais...
Quando lágrimas toldam os teus olhos tristes,
A tirar-te a beleza de tudo que existe,
E um soluçar emotivo e ruidoso persiste...
E a noite se alonga fria e vazia,
O sol fervilha a queimar-te a alegria,
O céu que escurece, a tempestade anuncia...
Quando a bela canção os teus ouvidos irrita,
Quando as tuas palavras se tornam malditas,
Quando a dor da ausência sobre ti precipita…
Se até os teus amigos se tornam empecilho,
Qual cisco medonho que te rompe os cílios,
Qual o tempo que age a tirar-te o brilho…
Quando as horas emperram e tornam-se infindas,
E as rosas viçosas já não são tão mais lindas,
Se com a amarga bebida, com a vida não brindas...
Está na hora do soro, ou dos anjos, em coro,
Aceitarem por fim tua entrega,
Ou é hora de teres alta,
Correres atrás do que falta:
O que a tua apatia,
Com a devida vênia, te nega.