CLAIR
Regozijo-me na luz que me reluz;
Onde clareia meus caminhos de sol;
Tornando-me um alguém em poesia;
Que ao declamar, sinto-me suave...
Porque a leveza da minh'alma feminina;
Eclode em mim a certeza de eu ser;
A mulher que nasceu num jardim;
De onda mansa meio ao mar revôlto;
Turbulento pelas lascivas paixões;
De um pensar num todo em amor;
Que faz-me poema escrito em perfume;
Que dá-se o nome de Clair di Luna;
Por está nova fragrância chamada mulher;
Pela música que ouviu numa radiola;
E, desabrochou em bandolins;
Os violinos da lira que fez-me dia;
Num resplendor de noite em poesia;
Com o novo aroma de se ter;
Numa nova nostalgia, amor.