ENTREOLHARES

Para ver a negra noite tão bela,

E o cirandar das falenas,

Não espero o pôr do sol

Ponho-me a fitar apenas

Os negros olhos de Helena!

Se pretendo ver o mar

De verdejante amplidão

Abraçando a doce brisa:

Repouso o meu olhar inquieto

Nos verdes olhos de Eliza!

Quando quero ver o céu

De infinito azul edênico,

Cintilando magnânimo as dunas e colinas:

Fico calmo a contemplar

O olhar azul de Cristina!

Para ver o castanho crepuscular

Emoldurar desertas praias,

E o sol amendoado cintilar os caracóis:

Entranho meus vívidos olhos

No castanho olhar de Sol!

O meigo olhar das mulheres:

Divas, damas, colombinas, doidivanas,

Maria’s, Ana’s, Letícias, Aline’s, Luana’s ...

Fragmentam-se em cores

Deixando os meus olhos assim: furta-cores!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 05/10/2020
Código do texto: T7080045
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